Santa Catarina tem mais que o dobro de pretendentes à adoção do que crianças e adolescentes na fila de espera para ganhar uma família. Pelos números, não haveria ninguém esperando por um pai e por uma mãe nos 168 programas de acolhimento do Estado. O problema está na escolha: 80% dão prioridade a menores de três anos, perfil que representa apenas 4% das crianças.
Diante da matemática que não fecha no Estado, criamos, para a Assembleia Legislativa de Santa Catarina, a campanha Adoção – Laços de Amor. O objetivo: estimular a adoção tardia, múltipla (grupos de irmãos) e também de crianças deficientes através de histórias reais, mostrando como os laços de amor nascem entre pais e filhos independente de idade, gênero ou qualquer outra condição.
Uma campanha de verdade, com casos e gente de verdade. Foram criados filmes para TV e internet e anúncios com emocionantes histórias reais de pessoas que abriram o coração e adotaram, uma criança (ou adolescente) que, infelizmente, não fazem parte do “perfil desejado” pelos candidatos à adoção. Os filmes emocionaram as pessoas, fazendo da campanha um case internacional, com forte divulgação da mídia espontânea.
Somente no primeiro ano, 42 pretendentes tomaram a decisão de adotar depois da campanha. 18% foi o número de pretendentes que mudaram de ideia e resolveram aceitar crianças com mais de três anos depois da campanha. Em um ano, os vídeos foram acessados 10.704 vezes e o site 23.264 vezes. O reconhecimento também veio em prêmios: finalista na categoria nacional no Profissionais do Ano da Rede Globo e vencedor de quatro prêmios no Festival Catarinense de Propaganda, além da terceira colocação na categoria “filme” no prêmio Show Up da Meio e Mensagem.